Irrigação para Jardins e Gramados de Áreas Públicas

O paisagismo e a Irrigação para Jardins e Gramados dos Públicos, sem dúvida é um segmento que ainda tem muito que ser desenvolvido em nosso país, porém já é nítida uma conscientização de várias regiões do valor que o paisagismo traz ao urbanismo, integração humana e turismo.

Desde 2004 vemos uma crescente conscientização nas cidades do interior em relação à reforma de praças e parques, e para a nossa feliz surpresa, estas reformas muitas vezes contemplam também a implantação de um sistema de irrigação.

Tendo em vista a constante demanda de economia de água, é crucial se ter um sistema de irrigação inteligente e eficiente para as áreas públicas.

Quando se implanta ou se reforma uma praça e/ou parque, temos um acréscimo de qualidade de vida no local. É comum notarmos grandes mudanças nos hábitos das pessoas quando isto ocorre e áreas que onde nem se era utilizado e hoje é um ponto de convivência e interação entre as pessoas. Belos jardins impressionam e influenciam pessoas de todas as idades.

O Brasil tem a honra de possuir a segunda maior praça do mundo: a praça que ornamenta o Palácio dos Girassóis em Palmas – TO, ela só perde para a praça central de Pequim na China. Ambas possuem Irrigação Automática.

Também no Brasil temos a honra de ter o primeiro parque público com certificação Acqua que é o similar a certificação LEED para áreas públicas cercadas. Trata-se do Parque Madureira, localizado no estado do Rio de Janeiro.

Este projeto é todo sustentável e a irrigação não pode ser diferente. Temos um controle central que se conecta automaticamente a uma estação meteorológica que ajusta, automaticamente e diariamente, o tempo de irrigação de cada setor.

O bombeamento é um sistema de pressurização inteligente que possui detecção de vazamentos e/ou tubulações rompidas.

Nos EUA, Na Europa, regiões do Oriente Médio e em outros países, nem mesmo se cogita a implantação de um projeto paisagístico sem um sistema de irrigação automatizado.

Em alguns países nem mesmo se permite a implantação de um jardim residencial sem um sistema de irrigação automatizado.

Obviamente, o paisagismo necessita de manutenção, preservação e condições de sobreviver. O elemento crucial para a manutenção da vida dos jardins e gramados é a água, e a melhor maneira de fornecê-la é através de um sistema de irrigação apropriado e bem dimensionado.

Os sistemas de irrigação paisagística, concebidos sob a ótica da sustentabilidade, permitem que as áreas verdes sejam automáticas e adequadamente irrigadas, durante o período necessário, na frequência ideal, proporcionando níveis satisfatórios de umidade e a consequente manutenção dos jardins públicos por meio do uso racional e consciente da água.

Fonte de água

Geralmente, a fonte de água é a mesma água potável do abastecimento público. O que não é o ideal, pois estamos utilizando a água mais cara existente, porém muitas vezes é a única solução para viabilizar o sistema.

Onde temos facilidade de obter água subterrânea, a utilização de poços é muito interessante e já vem sendo utilizado em várias cidades, principalmente ao longo de nosso litoral.

Águas servidas e aproveitamento de água de chuva é um grande exemplo do uso inteligente de água mesmo em áreas públicas. Hoje é sem dúvida a melhor forma e mais sustentável de irrigar uma área pública ou industrial.

Uma vez encontrada a fonte temos que definir a necessidade ou não de bombeamento e a consequente construção de reservatórios.

Produtos e acessórios especificados e utilizados em sistemas de irrigação para áreas públicas

A irrigação de áreas públicas necessita de uma série de proteções contra o vandalismo. Os próprios emissores já devem ser escolhidos com atenção em suas características.

O aspersor, logicamente, tem que ser escamoteável e com resistência suficiente a não quebrar quando chutado por algum vândalo. Temos aspersores rotores com camisa de aço que são mais resistentes. Outro detalhe construtivo é a sua resistência interna, alguns aspersores possuem um eixo central em aço para reforço.

A utilização de aspersores dotados de válvulas anti-drenagem (SAM), é uma condição normatizada nos EUA e na Europa. As válvulas anti-dreno são responsáveis por evitar que as redes se esvaziam e ocorra consequente desperdício de água e outros problemas oriundos destes vazamentos. Este dispositivo pode segurar uma coluna de água de até 3 metros.

Outra solução conhecida que evita desperdício e mantém o sistema mais equilibrado são os reguladores de pressão internos nos aspersores (PRS). Este regulador mantém sempre a pressão de trabalho dos aspersores em seu ponto ideal. Também impedem até 70% de perda de água no caso de uma quebra e/ou perda de um bocal de aspersor. Hoje já temos disponível no mercado toda linha de emissores com reguladores de pressão.

A utilização de aspersores com memória de arco é um grande diferencial contra o vandalismo. Os aspersores com memória de arco não perdem seu ângulo original de ajuste. Quando alguém tenta intervir em seu funcionamento e/ou mudar o ângulo de atuação de forma errada ele retorna sempre a sua posição original.

Para a instalação existe também uma série de acessórios de proteção antifurto e antivandalismo. Temos capas antivandalismo que protegem os aspersores de serem desenroscados de seu corpo. Esta proteção é feita por meio de um parafuso do tipo “ale” que entra na rosca do aspersor.

Outro dispositivo interessante são as conexões antifurto, que ficam entre o aspersor e a conexão do flexível. Em áreas públicas, a instalação de um sistema de irrigação sem a conexão dos aspersores às tubulações através dos flexíveis apropriados é simplesmente inaceitável.

Outro ponto importante é respeitar a profundidade de instalação das redes hidráulicas e elétricas que devem possuir no mínimo 30 cm.

As válvulas devem ser instaladas em caixas plásticas e dimensionadas de acordo com o seu tamanho. A utilização de conectores blindados é extremamente importante e também é norma técnica de instalação do sistema.

O produto que gera mais economia e, sem dúvida, menor incidência de vandalismo é o tubo gotejador enterrado com a mais nova tecnologia do escudo de cobre para evitar a intrusão de raízes.

A importância da Automação

Em todos os aspectos a irrigação manual não é viável economicamente e nem tecnicamente. O que observamos na prática é um enorme desperdício de água e a irrigação é realizada em horários não apropriados.

O sistema automatizado permite um controle preciso da rega por área, tipo de emissores e paisagismo. Por permitir irrigar em horários específicos pode-se programar a irrigação para funcionar em horários alternativos evitando vandalismo e também horários onde temos o menor consumo de água e, consequente, melhor utilização do sistema.

Com a crescente popularização dos sistemas sofisticados de irrigação através de controles centrais, as prefeituras podem ter o controle de vários sistemas de irrigação através de um computador que pode se comunicar com os controladores de cada projeto além de permitir um manejo de água por lâmina aplicada diária e controle de fluxo e detecção de vazamentos e rupturas de tubos.

Aspectos técnicos de projeto

A metodologia é a mesma empregada em qualquer outro projeto de irrigação para jardins e gramados, porém tem que se atentar com mais precisão nos bocais escolhidos e na sua angulação e raio de alcance. Temos que evitar o desperdício de água e molhar locais indesejados.

A verificação de direções predominantes do vento é importante para determinar a posição correta de instalação dos aspersores e o dimensionamento correto do tipo e o ângulo de trajetória de um bocal.

O posicionamento das válvulas dos setores e a automação podem fugir do ideal devido a uma série de restrições e/ou necessidades.

Irrigação por Caminhão Pipa x Irrigação Automatizada

Ainda é o método mais popular de áreas públicas por mais que seja óbvio que um sistema de irrigação bem projetada irá atender muito melhor a necessidade das plantas, ainda existe uma ideia errônea sobre o custo de implantação e manutenção de um sistema de irrigação.

Além de irrigar de forma errada o caminhão pipa tem as seguintes desvantagens:

  • Desperdício de água;
  • Atrapalham o tráfego dos veículos; e
  • Acidentes.

O custo de um caminhão pipa pode chegar até R$ 120.000,00/ano. Com a retirada dos caminhões pipa, chegamos até a uma economia de R$ 15.000,00 por hectare.

O que tem que se tomar cuidado é a respeito de quem são os proprietários dos caminhões, pois muitas vezes são de algum membro da própria administração local ou de um parente próximo.

Benefícios de um Paisagismo Urbano bem mantido

Trabalhando e apoiando os departamentos de Parques e Jardins das cidades podem difundir a cultura, as vantagens e a necessidade da aquisição de um sistema de irrigação automatizado. O Resultado é uma beleza paisagística melhor que por sua vez atraem e originam outros benefícios tais como:

  • Encoraja investimentos dentro das cidades;
  • Chama turista;
  • Aumenta o valor das propriedades;
  • Previne a erosão;
  • Diminui a poeira;
  • Cria um microclima mais agradável;
  • Diminuição do nível de barulho e poluição; e
  • Melhora a qualidade de vida.

“Se tens que lidar com água, consulta primeiro a experiência, depois a razão”.

DA VINCI, Leonardo.

Especialistas em irrigação